Mateus 7 Estudo: Jesus Ensina Sobre Julgar o Próximo

Em Mateus 7, veremos que Jesus nos disse que devemos examinar nossas motivações e nossa conduta ao invés de julgar o próximo. As características que nos aborrecem nos outros são frequentemente as mesmas que temos.

Os maus comportamentos que a maioria de nós quer mudar nos outros são os mesmos que estes gostariam de ver mudado em nós. Não devemos considerar mais fácil ressaltar os defeitos dos outros ao invés de olhar para nós mesmos.

Que possamos nos julgar primeiro, e, com amor, perdoar e ajudar ao próximo. Esta ordem visa repreender aqueles que julgam e depreciam alguém para exaltar-se, se posicionando diretamente contra a hipocrisia. Ela não objetiva encobrir comportamentos errados dos outros, e sim nos chama a reflexão de nossos próprios erros.

Mateus 7:1 – Não jugues

1 Não julgueis, para que não sejais julgados (essa declaração de Cristo de refere aos Versículos 25 a 34 do Capítulo anterior; a ideia é que Deus pode permitir a pobreza para testar Seu Filho, mas os Irmãos Crentes não devem equivocar-se, como aconteceu com os amigos de Jó, e acreditar que o teste deve ser um castigo por um pecado secreto; e também, a palavra “julgueis” como usada aqui, abrange todos os aspectos do relacionamento com nosso próximo).

Mateus 7:2 – Você também será julgado

2 Porque, com o mesmo juízo com que julgardes sereis julgados (qualquer motivo que imputarmos a outros, esse mesmo motivo no devido tempo será imputado a nós),

E com a medida que tiverdes medido vos medirão a vós (aqui há uma dupla ênfase para afirmar a seriedade das Palavras de nosso Senhor; quando julgamos outros, estamos julgando a nós mesmos).

Mateus 7:3 – Não procure erros na vida de teu irmão antes de resolver a sua

3 E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão (o Crente não deve procurar por um erro ou uma á ação na vida de seus Irmãos Crentes), e não vês a trave que está no teu próprio olho? (Na nossa própria vida, temos muitas coisas que precisam ser eliminadas para ficar procurando por erros em outras pessoas.

O “argueiro” e a “trave” estão em contraste entre si” Julgar constantemente os outros revela o fato de que somos muito piores do que a pessoa que estamos julgando).

Mateus 7:4 – Seriedade de se estabelecer como Juiz

4 Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho (a seriedade de nos estabelecer como juiz, jurado e executor), estando uma trave no teu? (mais uma vez, chama a atenção para o fato de que a pessoa que julga a outra está numa condição espiritual muito pior do que aquele que está sendo julgado).

Mateus 7:5 – Primeiro corrija-se

5 Hipócrita! (descreve de maneira apropriada esse tipo de pessoa) Primeiro tira a trave de teu olho; e então verás claramente para poder, assim, tirar o argueiro do olho do teu irmão (o próprio fato de que não nos examinamos, e sim aos outros, demonstra a verdade de que a nossa situação pessoa é pior; quando nos analisarmos corretamente, então, e só então, podemos “ver claramente”; isso está falando de assassínio de caráter e não da correção da doutrina).

Mateus 7:6 – Recorrer ao mundo

6 Não deis o que é santo aos cães, nem joguem suas pérolas diante dos porcos (na Igreja pode haver problemas, como os Versículos 1 a 5 expressam, mas, ainda assim, a Igreja nunca deve recorrer ao mundo, isto é, “aos cães”, para ajuda com o objetivo de resolver suas disputas internas),

para que eles não as pisem, com os pés e, voltando-se, vos despedacem (nenhuma ajuda virá do mundo; em vez disso, virá destruição; devemos levar nossos problemas ao Senhor, em obediência à Sua Palavra a respeito de disputas [Mt 18.15-17]).

Mateus 7:7 – Peça ao Pai

7 Pedi, e ser-vos-á dado (se pedirmos por sabedoria, seja para resolver disputas ou para qualquer outra coisa, ela será dada); procurai, e achareis (pode ser que a resposta não venha imediatamente; portanto, devemos “procurar” saber a razão disso); batei, e abrir-se-vos-á (devemos nos assegurar que é à Sua porta que estamos batendo; se for; é certeza que ela nos será aberta).

Mateus 7:8 – Seja sincero diante de Deus

8 Porque todo aquele que pede, recebe; e o que procura, encontra; e, ao que bate, se abre (assume que o coração da pessoa é sincero diante do Senhor).

Mateus 7:9 – O bom Pai da boas coisas ao filho

9 E qual dentre vós é o homem que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? (Se nem mesmo um ser humano faria isso, muito menos Deus!).

Mateus 7:10 – Pedido justo

10 E, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? (Se, de fato, o que pedimos não é da Vontade de Deus, e resulte ser uma “pedra” ou uma “serpente”, Ele nos guardará de receber tal coisa, e durante o tempo de espera e consagração, mostrar-nos-á do que realmente necessitamos).

Mateus 7:11 – Pais maus

Pois, se vós, sendo maus (refere-se aos pais que, às vezes, dão a seus filhos coisas que não são boas para eles, bem como coisas boas), sabereis dar boas coisas e seus filhos, quanto mais vosso, Pai se está nos Céus, dará boas coisas aos que Lhe pedirem? (O Senhor só dá coisas boas).

Mateus 7:12 – A Regra de Ouro

12 Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, assim também fazei vós a eles, porque essa é a Lei e os Profetas (essa regra não autoriza a ação benevolente caprichosa, mas só o que é razoável e moralmente proveitoso, bem como controlado pela imitação Divina [Mt 5.48]; esse princípio de ação e modo de vida é, de fato, o resumo de tudo o que a Bíblia ensina).

Mateus 7:13 – O Caminho Estreito

13 Entrai pela porta estreita (essa é a Porta, Que é Jesus [Jo 10.1-7]), porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela (declara o fato de que há muitas e diferentes religiões do mundo, que são falsas, e levam ao fogo eterno do Interno).

Mateus 7:14 – Caminho Espaçoso

14 E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, poucos são os que a encontram (todo coração contrito deseja com sinceridade estar entre “os poucos”; as exigências são maiores do que a maioria está disposta a aceitar).

Mateus 7:15 – Analisem os “Profetas” de hoje

15 Acautelai-vos dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mais interiormente são lobos devoradores (“acautelai-vos dos falsos profetas” é dito num tom dos mais severos! Haverá e atualmente há falsos profetas, e são algumas das armas mais importantes de Satanás).

Mateus 7:16 – Pelos seus Frutos, conhecerás

16 Por seus frutos os conhecereis (esse é o teste dado por Cristo para identificar os falsos profetas e os falsos apóstolos).

Acaso colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? (É impossível que a doutrina falsa, gerada pelos falsos profetas, produza bons frutos).

Mateus 7:17 – O Bom Fruto é semelhante ao nosso Salvador

17 Assim, toda boa árvore produz frutos bons, mas toda árvore má produz frutos maus (o bom fruto é ser semelhante a Cristo, enquanto o fruto mau se parece com ele mesmo).

Mateus 7:18 – A Cruz

18 Não pode a boa árvore produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons (a “boa árvore” é a Cruz, enquanto a “árvore má” pertence a tudo o que não é da Cruz).

Mateus 7:19 – O julgamento virá

19 Toda árvore que não dá bom fruto é cortada e jogada ao fogo (o Julgamento virá, em último instância, sobre tudo o que é supostamente chamado “evangelho” que não seja a Cruz [Rm 1.18]).

Mateus 7:20 – A prova

20 Portanto, pelos seus frutos os conhecereis (a prova determinante).

Mateus 7:21 – Conheça a vontade de Deus

21 Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Céus (a repetição da palavra “Senhor” expressa assombro, como se dissesse: “seremos rejeitados?”); mas o que faz a Vontade de Meu Pai que está nos Céus (qual é a Vontade do Pai? O Versículo 24 nos diz).

Mateus 7:22 – “Profetizar” em nome de Jesus não é o suficiente

22 Muitos Me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não Profetizamos nós em Teu Nome? Em Teu Nome, não expulsamos demônios? E, Em Teu Nome, não fizemos muitos milagres? (O critério não são essas coisas, mas sim a Fé em Cristo e no que Cristo fez por nós na Cruz [Ef 2.8-9]. Somente a Palavra de Deus deve ser o Juiz da doutrina).

Mateus 7:23 – Fuja da iniquidade

23 E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci (repetimos, o critério é somente Cristo, e Ele Crucificado [1Co 1.23]); apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade (temos acesso a Deus somente por meio de Cristo, e acesso a Cristo somente por meio da Cruz, e acesso à Cruz somente pela negação de nós mesmos [Lc 9.23]; qualquer outra Mensagem é Julgada Por Deus como “iniquidade“, e não pode ser uma parte de Cristo [1Co 1.17]).

Mateus 7:24 – O prudente

24 Todo aquele, pois, que escuta as minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha (a “Rocha” é Cristo Jesus, e o Fundamento é a Cruz [Gl 1.8-9]).

Mateus 7:25 – Casa edificada sobre a rocha

25 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha (o Fundamento do nosso sistema de crença deve ser Cristo e Ele Crucificado [Gl 6.14]).

Mateus 7:26 – Homem insensato

26 E aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou sua casa sobre a areia (a não ser pelo Fundamento, essa casa parecia igual à casa que havia sido construída sobre a rocha).

Mateus 7:27 – Sua consequência

27 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda (enquanto o sol está brilhando, ambas as casas parecem boas; porém, quando a adversidade vem, e seguramente virá, a Fé, que está firmada apenas em Cristo e Ele Crucificado permanecerá [1Co 1.18]).

Mateus 7:28 – Fim do Sermão

28 E aconteceu que, quando Jesus acabou esse discurso (terminou o Sermão do Monte), a multidão se admirou da Sua Doutrina (essa Mensagem proclamou a Verdadeira intenção da Lei de Moisés e, sobretudo, lançou o Fundamento para a Nova Aliança).

Mateus 7:29 – Autoridade de Deus

29 Porque os ensinava como tendo autoridade (refere-se à Autoridade Divina, a qual Ele tinha pelo Poder do Espírito Santo; esse Sermão e o de Lucas 6 são provavelmente um e o mesmo; aqui o Espírito Santo põe a ênfase no coração, enquanto em Lucas a ênfase está nas ações produzidas pelo coração; portanto, a distinção entre a “posição” e a “condição” é evidente), e não como os Escribas (aqueles que afirmavam ser peritos na Lei de Moisés).

Conclusão

Que possamos discernir sempre sore os nossos erros e sobre as nossas motivações, em vez de nos preocuparmos com o comportamento de nosso próximo. Este é um convite de Jesus para uma vida de autoconhecimento e autoexame.

Que neste caminho possamos persistir em buscar a Deus. Frequentemente, tendemos a desistir após alguns esforços e concluímos que Deus não pode ser encontrado. Porém, conhecer a Deus requer fé, concentração e fora de vontade.

Mateus 7 estudo.

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