João 6 Estudo: O Pão do Céu

Em João 6, inicia com um dos milagres mais incríveis de Jesus: a multiplicação de pães e peixes. Apesar deste milagre, cremos que o melhor milagre Jesus fez por nós ao vir a Terra: Ele é o nosso pão do céu.

Recado importante: Para melhor interpretação deste estudo, destacamos na cor vermelha as partes das explicações de cada versículos, então fiquem atentos e bom estudo.

João 6:1 – Tiberíades

1 Depois disso (refere-se à recente viagem a Jerusalém, onde aconteceu um tremendo debate entre Jesus e os líderes religiosos de Israel) partiu Jesus para o outro lado do Mar da Galileia, que é o de Tiberíades (esse Mar é citado por vários nomes).

João 6:2 – Multidão

2 E grande multidão O seguia (havia pelo menos 5 mil homens, além das mulheres e crianças), porque via os Sinais que operava sobre os enfermos (e Ele não despediu a nenhum deles, mas curou a todos os que iam a Ele independentemente da condição espiritual, porque Ele é o “Portador da Graça”).

João 6:3 – Discípulos

3 E Jesus subiu ao monte, e assentou-se ali com os Seus Discípulos (para um tempo de ensino e instrução).

João 6:4 – Páscoa

4 E a Páscoa, a Festa dos Judeus, estava próxima (o Ministério de Cristo nesse momento entrava já no seu segundo ano).

João 6:5 – Alimento para o povo

5 Então Jesus, levantando os Olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com Ele (fala da grande multidão que O havia seguido), disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? (Segundo Mateus, Marcos e Lucas, isso havia sido precedido por um período de tempo dedicado ao ensino e às curas. Isso não foi registrado por João).

João 6:6 – Teste

6 Mas dizia isso para o experimentar (no Grego, transmite a ideia de testá-lo ou examiná-lo; Ele testaria a Fé de Filipe); porque Ele bem sabia o que havia de fazer (embora às vezes não saibamos, Ele sempre sabe; consequentemente, devemos sempre procurar Sua Face para direção e orientação).

João 6:7 – 200 denários

7 Respondeu-lhe Filipe (apresenta um pensamento carnal, como todos nós apresentamos por vezes demais): Duzentos denários de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco (essa é a maneira como o mundo planeja, mas não é a maneira como o Filho de Deus planeja).

João 6:8 – André

8 E um dos Seus Discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-Lhe (pelo menos André incluiu Jesus no seu raciocínio):

João 6:9 – Cinco pães e dois peixes

9 Está aqui um moço que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos (alguns estudiosos acreditam que esse jovem acompanhava Jesus com o propósito de levar o alimento deles, levando em conta que às vezes eles se encontravam em lugares muito isolados, como aconteceu nesse caso); mas que é isso para tantos? (Não era nada nas mãos desse jovem; mas era tudo nas Mãos de Cristo).

João 6:10 – 5000 pessoas

10 E disse Jesus: Mandai assentar os homens (Marcos acrescenta, “de cem em cem, e de cinquenta em cinquenta” [Mc 6.40]). E havia muita relva naquele lugar (sendo a temporada da Páscoa, era primavera, o mês de Abril).

E assentaram-se, os homens em número de quase cinco mil (contando as mulheres e as crianças, provavelmente a multidão somava aproximadamente 10 ou 15 mil pessoas).

João 6:11 – Dado graças

11 E Jesus tomou os pães (o pouco é muito se Deus estiver evolvido) e, havendo dado graças (é o que Ele sempre fazia, e o que nós também devemos fazer!),

repartiu-os pelos Discípulos, e os Discípulos pelos que estavam assentados; e igualmente também os peixes, quanto eles queriam (não nos é dito exatamente como aconteceu esse Milagre; no entanto, em certo momento, o pão começou a multiplicar-se, o que obviamente foi um Milagre de proporções assombrosas).

João 6:12 – Pedaços que sobraram

E, quando estavam saciados (todos comeram tanto quanto quiseram), disse aos Seus Discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca (num certo sentido, esse pão representava Cristo e o Evangelho; nada disso, portanto, deve ser desperdiçado).

João 6:13 – 12 cestos

13 Recolheram-nos, pois, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido (apresenta uma Lei que apenas Deus conhece, a qual o homem não compreende; tudo o que o homem faz diminui; tudo o que Deus faz se multiplica; nesse caso, os números “7” e “12” têm significados; o “7” [cinco pães e dois peixes] fala da perfeição, enquanto o “12” fala do Governo de Deus; se formos Governados por Ele, teremos Sua Perfeição).

João 6:14 – O profeta

14 Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam (apresenta um retrato de Israel desejando usar Jesus para seus próprios propósitos; em vez de perceber o verdadeiro propósito pelo qual Ele veio):

Este é verdadeiramente o Profeta que devia vir ao mundo (refere-se a Deuteronômio 18.15; essas pessoas reconheciam Jesus como o Messias, mas por todos os motivos errados).

João 6:15 – Jesus no monte

15 Sabendo pois Jesus que haviam de vir arrebatá-lO para O fazerem Rei (representava o tipo de Rei de que Israel não necessitava), tornou a retirar-se, Ele só, para o monte (refere-se a Ele tendo já despedido os Discípulos, na verdade de volta a Cafarnaum).

JESUS ANDA SOBRE AS ÁGUAS

João 6:16 – A tarde

16 E, quando veio a tarde, os Seus Discípulos desceram para o mar (o que aconteceu antes que Ele subisse ao monte Sozinho).

João 6:17 – Cafarnaum

17 E, entrando em um barco, atravessavam o mar em direção a Cafarnaum (para onde Jesus lhes havia dito que fossem); e era já escuro, e ainda Jesus não tinha chegado junto deles (João prepara o palco para o que então vai acontecer).

João 6:18 – O mar

18 E o mar se levantou, porque um grande vento assoprava (as Escrituras não dizem que era uma tempestade, mas que o vento era contrário; em outras palavras, o vento estava assoprando contra eles de tal modo que não podiam avançar).

João 6:19 – Jesus sobre o mar

19 E, tendo navegado uns vinte e cinco ou trinta estádios (representa aproximadamente 6 quilômetros, e os retrata sendo levados para o meio do lago), viram a Jesus, andando sobre o mar e se aproximando do barco; e tiveram medo (e não é de admirar!).

João 6:20 – Não temais!

20 Mas Ele lhes disse: Sou Eu, não temais (a tradução literal é, “Eu Sou; não temais”; de fato, Ele estava dizendo a eles que Ele era o grande “Eu Sou” do Antigo Testamento; ou seja, “Deus”).

João 6:21 – O receberam

21 Então eles de boa mente O receberam no barco (sem Jesus a bordo, o progresso deles estava difícil, se não impossível; mas com ele, todas as coisas mudaram, e imediatamente!); e logo o barco chegou à terra para onde iam (a Cafarnaum, a uma distância de quase 6 quilômetros; quer dizer que num momento o barco estava a uma distância de cerca de 6 quilômetros de terra, e no momento seguinte estava em terra firme).

O PÃO DA VIDA

João 6:22 – Multidão

22 No dia seguinte, a multidão que estava do outro lado do mar, quando viu que não havia ali mais do que um barquinho, a não ser aquele no qual os discípulos haviam entrado, e que Jesus não entrara com os Seus Discípulos nele (em nenhum outro barco de Cafarnaum), mas que os Seus Discípulos tinham ido sozinhos (eles viram que o barco havia partido sem Jesus).

João 6:24 – Em busca de Jesus

24 Vendo, pois, a multidão que Jesus não estava ali nem os seus Discípulos (apesar do fato de que Jesus não havia ido com os Discípulos no barco, as pessoas não poderiam achá-lo), entraram eles também nos barcos, e foram a Cafarnaum (sugere que algumas dessas pessoas possivelmente alugaram alguns dos barcos de Tiberíades) em busca de Jesus (infelizmente, elas O estavam procurando, como a Passagem irá demonstrar, pelos motivos equivocados).

João 6:25 – Rabi

25 E, achando-O no outro lado do mar (em Cafarnaum), disseram-lhe: Rabi, quando chegaste aqui? (As pessoas, sabendo que os Discípulos haviam zarpado sem Jesus, ficaram perplexas a quando e a como o Senhor havia chegado a Cafarnaum; Jesus não respondeu a essas perguntas, porque Sua Missão era uma missão moral, não intelectual ou material).

João 6:26 – Sinais

26 Jesus respondeu-lhes, e disse: Na verdade, na verdade vos digo (dá uma resposta tão surpreendente que desafia qualquer descrição) que Me buscais, não pelos Sinais que viestes (uma tradução melhor seria, “Buscam-me, não porque entenderam corretamente os Milagres”),

mas porque comestes do pão,e vos saciastes (Ele discerne perfeitamente seus verdadeiros motivos; a atual mensagem da “Palavra de Fé” cai nessa mesma categoria).

João 6:27 – Vida eterna

27 Trabalhei, não pela comida que perece (infelizmente, a maior parte da Igreja atual se encontra nessa condição [Ap 3.17]), mas pela comida que permanece para a Vida Eterna (a ideia é que nossos esforços têm que centralizar-se no que é eterno, em vez de no que é temporário),

a qual o Filho do Homem vos dará (o “Filho do Homem” se refere ao que Cristo ia fazer na Cruz, e a maneira em que os homens irão receber a Vida Eterna); porque a Este o Pai, Deus, O selou (refere-se Ele, o Único que pode preencher e, de fato, preencheu essa condição; todos os outros pretendentes são falsos).

João 6:28 – Obras de Deus

28 Disseram-Lhe: pois: Que faremos, para executarmos as Obras de Deus? (Eles queriam fazer as Obras de Deus, quando na verdade a maioria deles nem mesmo conhecia Deus. Isso era devido a uma liderança equivocada).

João 6:29 – Creais

29 Jesus respondeu, e lhes disse: A Obra de Deus é esta: Que creiais naquele Que Ele enviou (ofende aos hipócritas, aqueles que justificam a si mesmo, ouvir que, sem Fé, é impossível agradar a Deus [Hb 11.6]; a Grande Obra que Deus requer é Fé no Seu Amado Filho a Quem Ele enviou; de outro modo, as obras, por mais piedosas que sejam, são “obras mortas”).

João 6:30 – Sinal

30 Disseram-lhe, pois: Que sinal, pois, fazes tu (mostra essas pessoas ignorando o que Jesus havia acabado de lhes dizer a respeito de “que crer naquele a Quem Ele enviou”, e imediatamente exigindo um “sinal”),

para que O vejamos, e creiamos em Ti? (Muitos deles haviam acabado de presenciar o Milagre dos pães e dos peixes, mas ao que parece sem nenhum proveito!)

Que operas Tu? (A ignorância vulgar das pessoas era assombrosa, para dizer o mínimo! Porém, hoje isso melhorou?).

João 6:31 – Maná no deserto

31 Nossos pais comeram o Maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer O Pão do Céu (eles insinuavam que o pão que Jesus havia multiplicado não veio do Céu, como o Maná havia vindo).

João 6:32 – Pão do céu

32 Disse-lhes pois Jesus: Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do Céu (Ele corrigiu as pessoas, afirmando que não foi Moisés que enviou o Maná do Céu, mas sim Deus o Pai); mas Meu Pai vos dá o Verdadeiro Pão do Céu (Ele queria desviar a atenção delas do pão perecível para o Pão Verdadeiro, o Que e Quem é Ele Mesmo, o Senhor Jesus Cristo).

João 6:33 – Vida ao mundo

33 Porque o Pão de Deus é Aquele que desce do Céu (outra vez se apresenta como o Messias, o Verdadeiro Senhor de Israel), e dá Vida ao mundo (o pão perecível não dá a Vida Eterna; Só Cristo dá essa Vida).

João 6:34 – Pão da vida

34 Então Lhe disseram: Senhor, dá-nos sempre deste Pão (embora pareça estranho, quando eles descobriram que o Pão era Jesus e qual era a exigência para obter esse Pão, muitos O abandonaram, e isso continua a acontecer ainda hoje).

João 6:35 – Eu sou o Pão da Vida

35 E Jesus lhes disse: Eu sou o Pão da Vida (revela-O retirando todos os disfarces e juntando numa Palavra veemente todo o ensino anterior, que eles deveriam ter compreendido, mas isso não havia acontecido); aquele que vem a Mim não terá fome (diz respeito à fome espiritual), e quem crê em Mim, nunca terá sede (diz respeito à sede espiritual; Cristo satisfaz todo desejo espiritual).

João 6:36 – Não credes

36 Mas já vos disse que também vós Me vistes, e contudo não credes (apesar das provas inegáveis!).

João 6:37 – O que vem a mim

37 Todo o que o Pai Me dá virá a Mim (refere-se a todos, sejam Israelitas, Gentios, Fariseus, Roubadores, Prostitutas e até mesmo os Possessos do Diabo); e o que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora (faz a todos uma promessa de proporções incomparáveis; ninguém nunca foi rejeitado, e ninguém jamais será rejeitado).

João 6:38 – Vontade de Deus

38 Porque Eu desci do Céu (revela Deus tendo se tornado Homem; portanto, a “Encarnação”), não para fazer a Minha Vontade, mas a Vontade Daquele que Me enviou (Ele está dizendo aos Judeus que Deus, a Quem eles afirmam que conhecem e servem, é o Próprio que O havia enviado; e o que Ele faz e diz é da Vontade de Deus, e ignorá-lO ou rejeitá-lO é violar essa Vontade).

João 6:39 – Último dia

39 E a Vontade do Pai que Me enviou é esta (diz respeito à Bênção suprema da Redenção): Que nenhum de todos aqueles que Me deu se perca (o que Ele veio para fazer seria feito), mas que o ressuscite no último dia (fala da Ressurreição vindoura, quando todos os Crentes receberão todos os benefícios da Cruz).

João 6:40 – Crer no Filho

40 Porquanto a Vontade Daquele que Me enviou é esta (fala dos desejos do Pai): Que todo aquele que vê o Filho, e crê Nele, tenha a Vida Eterna (a pessoa terá que “ver” ou compreender o Senhor Jesus Cristo, que diz respeito ao que Ele fez na Cruz, e crer Nele; nunca é uma questão de fazer, mas de “Crer”); e Eu o ressuscitarei no último dia (a Ressurreição é garantida).

O PÃO DA VIDA

João 6:41 – Judeus

41 Murmuravam pois Dele os Judeus (a murmuração, que indica sentimentos rebeldes contra Deus [Êx 16.7-9], era um dos grande pecados de Israel), porque dissera: Eu sou o Pão que desceu do Céu (isso quer dizer que os Judeus não haviam entendido mal o que ele estava dizendo; eles haviam entendido perfeitamente e rebelaram-se contra isso).

João 6:42 – Filho de José

42 E diziam: Não é Este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? (Eles não criam na Encarnação , apesar do fato de que Jesus preenchia cada um dos requisitos).

Como pois diz Ele: Desci do Céu? (O incrédulo questiona tudo, e não consegue entender a Verdade).

João 6:43 – Não murmures

43 Respondeu pois Jesus, e disse-lhes: Não murmureis entre vós (a “murmuração” deles mostrava a desaprovação e rejeição deles).

João 6:44 – Ninguém vem a mim sem o Pai

44 Ninguém pode vir a Mim, se o Pai que Me enviou não o trouxer (a ideia é que toda iniciativa para a Salvação vem de parte de Deus para o pecador e não do próprio pecador; sem essa “atração para o Pai”, que é feita pelo Espírito Santo, ninguém poderia ir a Deus, nem sequer teria algum desejo de ir a Deus);

E Eu o ressuscitarei no último dia (pela terceira vez só nesse Capítulo, Jesus fala da Ressurreição).

João 6:45 – Vem a mim

45 Está escrito nos Profestas: E serão todos ensinados por Deus (isso é encontrada em Isaías 54.13; Deus atrai os pecadores a Cristo por meio de uma operação espiritual que corresponde à natureza moral deles e pelo esclarecimento racional da culpabilidade deles, e que Ele efetua por meio das Escrituras escritas pelos Profetas).

Portanto, todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu, vem a Mim (nosso Senhor está dizendo aos Judeus que, se eles realmente conhecessem O Pai, eles aceitaria a Cristo).

João 6:46 – O Pai

46 Não que alguém tenha visto o Pai (“visto”, no Grego é “horao” e quer dizer “compreender totalmente e entender com a mente, discernir claramente; ver a Verdade completamente”), a não ser Aquele que veio de Deus; Este viu o Pai (o pronome “Este” se refere a Cristo; só Ele entende e compreende perfeitamente o Pai; então, tudo o que se aprende a respeito de Deus deve ser aprendido por meio de Jesus Cristo, que será de acordo com a Palavra).

João 6:47 – Crer em mim

47 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em Mim tem a Vida Eterna (ela é obtida imediatamente ao “Crer”; não é algo que o Crente terá, mas algo que o Crente já tem).

João 6:48 – Eu sou

48 Eu sou o Pão da Vida (como o Pão da Vida, Cristo dá Vida ao Crente, e Ele mantém essa Vida; ao usar as palavras “Eu Sou”, Jesus claramente se identifica como o Deus do Antigo Testamento [Êx 3.14]).

João 6:49 – Vossos pais

49 Vossos pais comeram o Maná no deserto, e morreram (o Maná que Deus deu no deserto era um Tipo de Cristo; no entanto, os “tipos” não têm vida em si mesmos e, portanto, não podiam efetuar a Salvação; Jesus estava falando de Vida Espiritual e vida física).

João 6:50 – Pão que desce do Céu

50 Este é o Pão que desce do Céu (é bem possível que quando Jesus disse isso, Ele apontava para Si Mesmo; em essência, Ele estava falando do Seu Corpo físico, que seria oferecido em Sacrifício para remir a humanidade perdida),

para que o que Dele comer, não morra (fala do que é espiritual, e significa a reconciliação do homem com Deus, pois antes ele estava alienado de Deus; mais uma vez, nosso Senhor está falando de Vida Espiritual).

João 6:51 – Pão vivo

51 Eu sou o Pão Vivo que desce do Céu (Jesus então se revela como Deus [“Eu Sou”], enquanto no Versículo anterior Ele se revelou como Homem; e, portanto, Ele é o Deus-Homem Jesus Cristo),

se alguém comer deste Pão, viverá para sempre (diz o mesmo que o Versículo anterior, mas de modo diferente; ali Ele disse, “e não morra”, aqui Ele diz, “viverá para sempre”; o último acrescenta ao anterior);

e o Pão que Eu daria é a Minha Carne, a qual Eu darei pela vida do mundo (fala Dele oferecendo-se na Cruz como um Sacrifício, que asseguraria a Salvação para todos os que Crerem).

João 6:52 – Como pode?

52 Disputavam pois os Judeus entre si (apresenta os resultados inevitáveis da incredulidade), dizendo: Como pode Este nos dar Sua Carne a comer? (Apresenta-os pensando no físico, enquanto Ele está falando do Espiritual.

O homem não redimido, apesar de toda a sua altura intelectual, não consegue pensar como Deus pensa, apesar da instrução e do autoaperfeiçoamento; apesar de tudo isso, ele pensa um pouco acima do nível de um animal).

João 6:53 – Filho do Homem

53 Jesus pois lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que (em vez de abrandar ou modificar essa Doutrina aparentemente dura, Ele a intensifica ao declará-la aparentemente dura, Ele a intensifica ao declará-la indispensável para a Salvação),

se não comerdes a Carne do Filho do Homem, e não beberdes o Seu Sangue, não tereis vida em vós mesmos (essa terminologia se refere à Cruz; Cristo se ofereceria na Cruz para a Salvação da humanidade; crer completamente Nele e no que Ele fez por nós é o que Ele quer dizer aqui; no entanto, esse Versículo indica o grau de crença que é exigido; refere-se à Cruz sendo o Objeto total da crença de uma pessoa; à parte disso, não há Vida na pessoa).

João 6:54 – Minha carne

54 Quem come a Minha Carne, e bebe o Meu Sangue, tem a Vida Eterna (mais uma vez, Cristo reitera o fato de que se a Cruz for o Objeto total da Fé da pessoa, ela então tem a “Vida Eterna”),

E Eu I ressuscitarei no último dia (constitui a quarte vez que Cristo menciona a ressurreição; portanto, o Crente é assegurado quatro vezes da Ressurreição).

João 6:55 – Meu sangue

55 Porque a Minha Carne é verdadeiramente comida, e o Meu Sangue verdadeiramente é bebida (a ideia é que se deve comer e beber Dele até mesmo diariamente, o que fala de carregar a Cruz diariamente [Lc 9.23]).

João 6:56 – Quem come

56 Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue, em Mim permanece, e Eu nele (a única maneira em que uma pessoa pode permanecer em Cristo e Cristo nela, que garante uma vida vitoriosa e a salvação, é ter a Cruz sempre como o Objetivo da Fé e, como afirmado, isso numa base diária).

João 6:57 – Vivo pelo Pai

57 Assim como o Pai, que vive, Me enviou (“Pai o Doador da Vida”), e Eu vivo pelo Pai (fala da Encarnação), assim, quem de Mim se alimenta, também Viverá por Mim (revela a Verdade que como Jesus não viveu uma vida independente do Pai, do mesmo modo o Crente não deve, e de fato não pode, viver uma vida independente de Cristo; obtemos e mantemos essa “Vida” ao olhar o tempo todo para a Cruz; o Crente nunca se separa da Cruz; fazer isso é atrair a ruína espiritual [Gl 2.20]).

João 6:58 – Pão do céu

58 Este é o Pão que desceu do Céu (mais uma vez aponta para Si mesmo, e põe em relevo sua enorme superioridade em relação à Lei, etc.); não é o caso de vossos pais, que comeram o Maná, e morreram (faz a comparação entre aquele pão, um simples símbolo do Pão Verdadeiro que devia vir, e o Pão Verdadeiro que já veio); quem comer esta Pão viverá para sempre (só Ele, como o Pão Verdadeiro da Vida, pode dar a Vida Eterna, mas a pessoa terá que “comer deste Pão” para ter essa Vida, o que significa aceitá-lO por Quem Ele é e O Que Ele faria, que se refere ao Calvário).

João 6:59-60 – Duro discurso

59 Ele disse estas coisas na Sinagoga, ensinando em Cafarnaum.

60 Muitos, pois, dos Seus Discípulos, ouvindo isso (fala de outros além dos Doze), disseram: Duro é esse discurso; quem o pode ouvir? (Eles relutavam em aceitar a morte sangrenta do seu Messias, ou confiar-se a uma Personalidade Divina no Cujo ato mais notório seria o Sacrifício de Si mesmo.

Essa era a ofensa grotesca e terrível, o que fazia da Cruz uma pedra de tropeço para os Judeus [Mt 16.21]).

João 6:61 – Murmurações

61 Sabendo, pois, Jesus em Si mesmo que os Seus Discípulos murmuravam disso (a incredulidade registrada), disse-lhes: Isso vos escandaliza? (De fato, a Cruz é uma ofensa para a maior parte do mundo, e infelizmente até mesmo para a maioria da Igreja [Gl 5.11]).

João 6:62 – Que seria?

62 Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do Homem para onde primeiro estava? (Jesus ressalta que se Sua Morte era uma pedra tropeço para eles, quanto mais não seria Sua Ressurreição? Mas não comprovaria a realidade e o valor de Sua Morte, e a profundidade da incredulidade deles?).

João 6:63 – O Espírito

63 O Espírito é O Que vivifica (o Espírito Santo), a carne para nada aproveita (de fato, diz, “Se vocês pudessem comer literalmente Minha Carne, e beber Meu Sangue, isso não salvaria suas almas”; a palavra “carme” como usada aqui se refere aos esforços do homem, quaisquer que sejam eles, à parte de Cristo e da Cruz);

as Palavras que Eu vos disse, são espírito e Vida (do Espírito Santo, Que dá Vida por meio da Obra Concluída de Cristo).

João 6:64 – Alguns não creem

64 Mas há alguns de vós que não creem (não creram no que Ele havia dito a respeito de Si mesmo, no que dizia respeito à Cruz; na atualidade milhões de pessoas na Igreja caem nessa mesma categoria).

Porque Jesus bem sabia, desde o início, quem era os que não criam (não as pessoas em si, mas sim o que ocasionaria a incredulidade delas), e quem era o que O havia de entregar (está falando aqui de Judas Iscariotes e a ocasião de Sua traição, que era a Cruz).

João 6:65 – Ninguém pode vir a mim

65 E dizia: Por isso Eu vos disse que ninguém pode vir para Mim, se por Meu Pai não lhe for concedido (o convite é a “quem quer”; no entanto, se a pessoa rejeitar a Cruz, o Pai Ordena que o Espírito Santo barre a entrada dela [Ef 2.18]).

João 6:66 – Alguns o deixou

66 Desde então muitos dos Seus Discípulos tornaram para trás, e já não andavam com Ele (as afirmações de Cristo foram tão profundamente diferentes do que eles esperavam que então rejeitaram-nO totalmente!).

A CONFISSÃO DE PEDRO

João 6:67 – Quereis retirar-vos?

67 Então disse Jesus aos Doze: Quereis vós também retirar-vos? (A deserção desses ex-Discípulos deve ter causado muita dor no Coração do Senhor: Sua pergunta aos Doze originais anula a Doutrina da Eterna Segurança Incondicional. Na verdade, Judas de fato se retirou).

João 6:68 – Palavra de Vida Eterna

68 Respondeu-Lhe pois Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? (Pela segunda vez, o Apóstolo confessa Quem é Jesus, mas numa linguagem mais enfática).

Tu tens as Palavras da Vida Eterna (outros que não Judas, eles creram no que Ele disse).

João 6:69 – Tu és Cristo

69 E nós temos crido e conhecido que Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivente (cremos, e temos que conhecer [aprendermos por experiência] que Tu és o Messias, o Filho do Deus Vivo).

João 6:70 – Não vos escolhi?

70 Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi Eu a vós os Doze? (revela muito mais do que uma escolha arbitrária, mas antes uma escolha objetiva dada a Ele pelo Pai), e um de vós é um diabo (Jesus escolheu Judas, e Judas também no início escolheu Cristo; no entanto, a escolha de Judas foi invertida pela incredulidade, como acontece com milhões de pessoas).

João 6:71 – Judas Iscariotes

71 E isso dizia Ele de Judas Iscariotes, filho de Simão (quer dizer que ele era “um homem de Queriote”, um lugar na Judeia [Js 15.25]; pelo que se sabe, ele era o único dos Doze que era originário de Judá, a Tribo de Jesus);

porque este O havia de entregar, sendo um dos Doze (foi dito dessa maneira porque o Espírito Santo faria com que todos soubessem que Judas O desprezou; parece que foi um essa Mensagem como a deu Cristo, a Mensagem da Cruz, que a rebelião começou no coração de Judas).

Conclusão

Que nosso alimento diário seja Jesus e a sua palavra. Que possamos buscá-lo mais em oração, vida devocional e leitura da bíblia. O desejo de Jesus é reconheçamos que sem Ele nada podemos fazer. Ele é a nossa esperança de Vida Eterna.

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João 6 estudo.

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